Camarão do Antárctico. © José Xavier. Num estudo publicado na revista “Limnology and Oceanography”, investigadores da Australian Antarctic Division, da British Antarctic Survey, da Universidade de Southampton, e da Universidade de Oslo, evidenciaram um novo papel do krill na cadeia alimentar do Oceano Antártico. O krill do Antártico (Euphausia superba) é uma espécie que se julgava viver na superfície do oceano, mas foi recentemente verificado que uma grande parte da população adulta migra regularmente até o fundo do mar para se alimentar de detritos ricos em ferro. Regressam depois à superfície com os estômagos contendo grandes quantidades de ferro, um micronutriente escasso que influencia em aproximadamente 40% o crescimento de algas superficiais (fitoplâncton). Até então foram observadas ocasionalmente migrações do krill até 3 quilómetros de profundidade mas que eram consideradas como excepções. O que surpreendeu a equipa de investigadores foi verificarem que cerca de 20% dos indivíduos realizavam estas migrações com uma grande frequência. O krill do Antárctico está na base da cadeia alimentar, fazendo uma parte importante na dieta de muitos peixes, pinguins, focas e baleias, além de constituir um dos produtos da actividade pesqueira para consumo humano. Esta recente descoberta vem constatar que esta espécie desempenha ainda um papel fundamental na “reciclagem” das partículas sedimentadas no fundo do Oceano, aumentando consequentemente a capacidade do mesmo para armazenamento natural de dióxido de carbono. Links das notícias originais http://yubanet.com/enviro/Antarctic-krill-help-to-fertilize-Southern-Ocean-with-iron.php, http://www.antarctica.gov.au/media/news/2011/bottoms-up-for-antarctic-krill. Comments are closed.
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